Ao ver a entrevista de um senhor que nada percebe da matéria, e aqui estava a ser cínico, claro, ficam algumas frases marcantes, que não seria pior ideia apresentá-las a uns outros senhores que se sentam diariamente a discutir qual a melhor forma de fornicar as classes sociais e quiçá extinguir algumas delas!
Aqui fica o link para a (quase) totalidade da entrevista para quem quiser aprofundar a coisa:
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=540957&pn=1
Em relação à Alemanha e BCE:
"Podem fazer a diferença nesta crise" - argumentando que ambos deveriam enveredar por uma política expansionista com salários mais altos para os trabalhadores alemães e uma política monetária mais inflacionista. Se assim fosse, o ajustamento na periferia seria menos doloroso, mas essa via é pouco provável.
Salários em Portugal:
"Portugal não tem de reduzir os salários para o nível dos chineses"
"Sem moeda própria não há muito espaço de manobra neste país"
“o primeiro-ministro de Portugal é como um governador de Nova Jérsia nos Estados Unidos. Não tem assim tanta influência”
AUSTERIDADE:
Deu como exemplo o caso dos médicos medievais que "sangravam os doentes e quando eles ficavam piores, faziam-nos sangrar ainda mais". "Mais pedidos de austeridade", conclui assim, "são destrutivos".
"Ir para além do que já foi feito, e responder a desvios orçamentais com reforço de austeridade poderá ser destrutivo".
"A austeridade é necessária, mas não se deve ir mais longe".
Algumas das suas frases transmitidas na RTP N não estão aqui descritas, não sei se para não ferir certas susceptiblidades se por outro motivo. A verdade é que quando lhe foi colocada a questão "Depois da década de 30 e após uma grave crise, a Europa entrou em guerra. Deve temer-se um conflito novamente?", ao que a resposta foi rápida e sucinta, "Sim, deve temer-se um conflito". Outra tirada foi "durante décadas sempre foi hábito da direita, a nível geral, fazer o que estão a fazer agora", relativo às medidas com grande impacto nas classes sociais mais desfavorecidas!
Que dizer mais?
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