quarta-feira, 20 de julho de 2011

Festivais de Verão. Espelhos da crise, ou nem por isso?


Boas, amiguinhos!
Se há coisa que eu ainda não percebi é se a tão afamada crise é real ou nem por isso. E ao longo deste texto vão perceber porquê. Eu acho que é real, sim senhor, mas só para alguns…
Tenho visto e ouvido notícias sobre algumas “festarolas” que se vão realizando por este país fora que me fazem questionar sobre a veracidade de dificuldades vividas por cá. Os tão famosos festivais, aqueles que têm nomes de operadoras de comunicações (Optimus Alive, e daqui a uns dias o SW TMN), outros com nome de cerveja (Super Bock Super Rock) e ainda com nome de série de culto das TV’s mundiais nos anos 90 (Marés Vivas)! Tendo em conta os valores dos ingressos, e todas as despesas inerentes aos festivais, pode dizer-se que participar nestes eventos não é barato! Podem ser experiências únicas, mas os bolsos podem sair de lá (quase) vazios! Independentemente da qualidade que se pode usufruir nos recintos (não é o que está em questão). Às milhares de pessoas, e os recintos têm estado quase sempre lotados, basta multiplicar pelo valor dos ingressos, pontuais ou gerais, mais uns euritos para as despesas para saciar a fome e a sede (e normalmente há sempre muita sede!), e estará à vista que o valor por cada um deixado por lá dava para fazer as compras do mês lá para as suas casas! A todas estas “festarolas” pode juntar-se a concentração de motards de Faro, em que ao longo dos dias, e não são assim tantos, só de sumo de cevada foram consumidos mais de 80000 litros!?!?
E em todos estes recintos, e por muito que me custe, é muito difícil encontrar uma barraquinha com vinho tinto! Isso é que não!
Só no Alive foram cerca de 170 mil, no Super Bock cerca de 90 mil, no Marés Vivas cerca de 70 mil, e por fim em Faro mais de 30 mil. Ficam ainda a faltar, entre outros, SW TMN, Vilar de Mouros, Paredes de Coura, etc, etc, etc. É só fazer umas operações matemáticas para se ver quanto “carcanhol” foi dispendido durante estes dias, são pequenas “fortunas”! Agora, e em qualquer pedaço de descampado dá para um festival. Tantos são que alguns até coincidem nas datas!
Se quiser ser feita uma comparação com a Expofacic em Cantenhede, independentemente da qualidade dos cartazes, uma pessoa que vá aos dez dias a Cantanhede “apenas” paga 39€ em entradas, valor esse que nem para um dia no Alive dava!
Meus amigos, não está aqui em causa a qualidade (ou falta dela) nestes eventos, está sim uma questão de prioridades! Tanto se fala nas dificuldades vividas no quotidiano, mas as pessoas não perdem uma oportunidade para “estoirar” o pouco que têm!

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